Protesto

Trabalhadores de Pelotas ficam sem ônibus na manhã desta quinta-feira

Integrantes das Centrais Sindicais deram início ao ato na madrugada com piquetes em frente às empresas de ônibus

Por Cíntia Piegas e Renata Garcia

O anúncio foi confirmado e esta quinta-feira (22) amanheceu sem ônibus circulando em Pelotas, Dia Nacional de Mobilização. A promessa é de normalização do serviço a partir das 10h30min. O comércio no centro da cidade também pode parar, sob impacto do protesto. A projeção foi feita na quarta pelo representante da direção estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Elton Lima. A ação é organizada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, contra a retirada de direitos trabalhistas previstos na Reforma Previdenciária, tanto para empregados da esfera pública quanto privada.

A dinâmica de paralisação iniciou no início da madrugada, com piquetes em frente às empresas do transporte coletivo. “Nós já fomos avisados sobre o bloqueio e a paralisação dos ônibus. Mas a previsão é de que a frota de 210 carros volte ao normal a partir das 10h30min”, disse o representante do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário, André Timm. A situação deve se estender à zona rural e também os intermunicipais.  

A partir das 8h, integrantes das Centrais Sindicais se reunirão na esquina Democrática (calçadão da Andrade Neves com 7 de Setembro). “A proposta é de que não tenha atividade comercial”, assinalou o representante do Sindicato da Alimentação (Sticap), Lair de Mattos. Ao longo da programação, conforme adiantou o diretor Elton Lima, haverá uma conversa com os comerciários no Calçadão. Depois, a comitiva desloca-se para a praça Coronel Pedro Osório, onde está previsto um almoço coletivo. Na parte da tarde o grupo pretende distribuir panfletos até o momento do ato, no largo Edmar Fetter.

Sem aula
O Sindicato dos Municipários convocou, por meio de nota, toda a categoria para aderir à paralisação, nos três turnos. As escolas municipais, por isso, não devem abrir as portas nesta quinta, embora tenham autonomia para decidir. Conforme a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, este é o momento em que todos os trabalhadores das diferentes categorias têm de se mobilizar contra a retirada de seus direitos, tanto trabalhistas quanto previdenciários. “Estão ameaçados, em especial com a Proposta de Emenda Constitucional 241, que limita os gastos públicos, inclusive com saúde e educação”, critica.

De acordo com o diretor-geral do Sindicato dos Professores estaduais (Cpers), Mauro Rogério Amaral, a maioria das instituições de ensino da rede também não deve ter aula para que os servidores possam reivindicar. A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) também deve aderir à mobilização e suspender aulas. Além de sindicatos, participam da ação confederações e movimentos sociais.

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